Simbolo Sem Sujeito

Símbolo sem Sujeito

Definição:

Na Ontologia da Complexidade Emergente (OCE), um símbolo não depende da existência de um sujeito, de uma consciência reflexiva ou de uma intencionalidade para ocorrer. Símbolo é toda reorganização funcional da matéria que codifica uma ausência — desde que essa codificação opere dentro de um campo relacional material.

A simbolização não é gesto de um Eu, nem expressão de interioridade: é um efeito imanente de sistemas materiais suficientemente complexos que reorganizam ausências de forma operatória. Um símbolo só é símbolo se inscrito numa linguagem material funcional — mesmo que rudimentar, inconsciente ou não-reflexiva.

Função na Ontologia da Complexidade Emergente:

Esta entrada desfaz a herança idealista que ligava o símbolo à consciência, ao sujeito ou à intenção. Na OCE, a simbolização é um gesto material relacional — anterior ao sujeito, anterior à linguagem articulada, e fundacional da própria emergência da razão.

Exemplo: A molécula de DNA funciona como símbolo porque codifica ausências (proteínas ainda não presentes), mas só o faz dentro de um sistema relacional — o código genético — que constitui uma linguagem operatória.

Características Distintivas:

Delimitação Ontológica Formal:

Corolário Epistemológico:

Recusam-se:

Reconhecem-se: