Simbolo Como Matriz De Memoria E Razao

Símbolo como Matriz de Memória e Razão

Definição:

Na Ontologia da Complexidade Emergente (OCE), o símbolo é compreendido não apenas como inscrição operativa, mas como matriz funcional de memória e racionalidade. O que permite que um sistema se lembre, raciocine ou reconfigure o seu funcionamento é a existência de estruturas simbólicas operativas que mantêm presentes, de forma materialmente inscrita, ausências significativas.

Simbolizar é, nesse sentido, reter diferencialmente aquilo que já não está, para o tornar operável. Toda memória funcional é uma inscrição simbólica: não repete o que passou, mas reconfigura o presente com base em ausências operativas. Toda razão é uma sequência de símbolos que se automodulam para manter coerência funcional.

Não há inteligência nem persistência sem símbolos.

Função na Ontologia da Complexidade Emergente:

A função do símbolo como matriz é dupla:

  1. Memorial: estabilizar uma diferença ausente de forma a que ela possa ser reinscrita noutros momentos e contextos, mantendo uma continuidade funcional não repetitiva.
  2. Racional: articular símbolos de modo a permitir seleções, operações lógicas, projeções e reorganizações internas — sem necessidade de linguagem natural ou sujeito consciente.

A memória não é arquivo passivo, mas sistema ativo de atualização simbólica. A razão não é função imaterial, mas consequência de um campo simbólico suficientemente complexo para se reorganizar.

Características Distintivas:

Delimitação Ontológica Formal:

Corolário Epistemológico:

Recusam-se:

Reconhecem-se: