Críticas e Diálogos com Autores
Diálogo situado com tradições que moldaram o problema (sem reverência teleológica). O objetivo é deslocar conceitos herdados a partir da Ontologia da Complexidade Emergente.
Problemas-guia
- Contra o dever universal (Kant): ética como resposta situada e não formalismo.
- Contra a “força” sem suporte (Nietzsche): vontade de poder como metafísica disfarçada.
- Contra o destino do Ser (Heidegger): primado da inscrição material.
- Com Levinas e Morin: acolher a alteridade e a complexidade, mas sem suplemento transcendente.
Brevemente
Outros textos disponíveis
- A filosofia não é a invenção de narrativas
- A Filosofia na Era da Emissão Sem Escuta Este ensaio diagnostica a filosofia contemporânea como prisioneira de um regime de emissão sem escuta, onde a proliferação textual se converte em mecanismo de visibilidade e legitimação institucional. Propõe, em contraponto, reinscrever a filosofia como prática de inscrição simbólica capaz de sustentar diferença e reorganização, deslocando a crítica para uma ontologia da complexidade emergente.
- Da Metafísica Classica à Teologia Cristã O ensaio expõe a passagem da metafísica clássica à teologia cristã como deslocamento simbólico, onde operadores filosóficos gregos — ordem, inteligibilidade, orientação — são apropriados e condensados na figura narrativa de um Deus pessoal
- Ontologias Simbólicas da Origem: da Filosofia Clássica à Cosmologia Moderna Este ensaio acompanha as diferentes formas de inscrição simbólica da origem do universo, da filosofia clássica à cosmologia contemporânea. Em Platão e Aristóteles, a inteligibilidade do cosmos apoia-se em “sujeitos encobertos”: instâncias silenciosas que garantem ordem sem voz própria. Na narrativa bíblica, essa função condensa-se num sujeito funcional pleno — a palavra cria, legisla e intervém —, oferecendo um princípio organizador explícito. Já na ciência moderna, a inteligibilidade emerge de um sujeito distribuído: redes de investigadores, aparelhos e linguagens matemáticas compõem uma agência coletiva que substitui a voz única por procedimentos de prova. Em todos os casos, não se descreve uma “origem absoluta”, mas reinscreve-se o começo segundo gramáticas históricas distintas. O fio comum não é a fixação de uma essência definitiva, mas a sucessão de reorganizações simbólicas que tornam habitável o enigma do início. Brevemente
- A Razão como Inscrição Material (Manifesto) — Defende que toda razão é operação da matéria organizada; sem suporte, não há pensar.
- A Consciência Não é Exclusivamente Biológica — Argumenta pela possibilidade de interioridade em suportes não vivos quando há complexidade suficiente.
- Cuidar, Pensar, Responder — Esboça uma ética laica a partir da responsividade e não do dever abstrato.