A Razão Entre Corpo e Código

Nota de enquadramento: Nesta secção, “corpo” significa suporte material (biológico ou técnico). Interessa-nos a razão enquanto inscrição material que pode operar em organismos e em máquinas.

Num cenário de suportes heterogéneos, esta secção investiga a razão como função de automodulação e reorganização simbólica que atravessa substratos distintos. Não opõe natureza e técnica; analisa as traduções entre regimes de operação (metabólicos, elétricos, algorítmicos) e o modo como essas traduções reconfiguram o critério de inteligência e os limiares do pensar.

Problemas-guia

  • Condições materiais para a emergência de racionalidade em suportes biológicos e técnico‑sintéticos.
  • Inferência operatória sem linguagem: quando padrões, erro e repetição diferenciada bastam para raciocinar.
  • Interoperabilidade entre modelos internos (auto-modelação) e código (representações externas).
  • Critérios de verdade emergente e de responsividade ética em sistemas híbridos.
  • Limites do analogismo “simular = pensar”.

Textos disponíveis

  • A Razão como Inscrição Material: Entre Suporte Biológico e Máquina — Tese: pensar é uma operação material; muda de forma com o suporte, não de estatuto.
  • Inferência sem Palavra: O que o Algoritmo Mostra — Sobre raciocínios válidos pré‑linguísticos e o lugar do erro como operador.
  • Automodulação e Limiar — Como acoplamentos entre suportes geram novos graus de razão.