Conceitos Filosóficos Emergentes

Retrato de David Cota, autor da Ontologia da Complexidade Emergente

Importância do Anexo Teórico — Ontologia da Complexidade Emergente

Este espaço reúne informação relevante para o entendimento da obra Ontologia da Complexidade Emergente, indicando a importância da sua divisão em campos.

Porquê uma obra organizada em Campos?

Numa época em que tudo parece fragmentado — o saber, a experiência, a linguagem, até o tempo — insistir numa estrutura rígida de capítulos seria trair o próprio espírito da filosofia. Esta obra não se organiza em partes fechadas, nem em tópicos sucessivos. Ela é um território. E como todo território vivo, ela não se lê: atravessa-se.

A organização por Campos nasce da necessidade de criar zonas de intensidade, não blocos de conteúdo. Um Campo não é um capítulo temático: é uma paisagem simbólica onde o pensamento pode hesitar, reencontrar-se, tropeçar, reorganizar-se. Cada Campo é um lugar de transformação — não um compartimento, mas um solo fértil. Um Campo nunca está completo, porque a complexidade nunca se fecha.

Esta não é uma obra de respostas rápidas. É uma travessia. E cada Campo é uma estação provisória dessa travessia — um ponto onde o pensamento se reorganiza a partir do impacto com o real. O que une todos os Campos é o movimento. O impulso de reinscrever o mundo em vez de simplesmente descrevê-lo.

Muitas vezes, ao procurarmos algo no Google, esperamos que a verdade nos apareça pronta, visível, organizada como um índice ou um resumo. Mas a Ontologia da Complexidade Emergente propõe outra via: pensar como quem caminha. Como quem se expõe. Como quem aceita não saber para poder pensar de verdade.

Cada Campo desta obra acolhe uma dimensão fundamental da experiência humana: o corpo, o tempo, a linguagem, a técnica, a origem, a ética, a subjetividade, a política, a verdade. Mas não o faz como quem estuda objetos. Fá-lo como quem vive um processo. O pensamento aqui não observa de fora — ele está implicado. Ele sente, reorganiza, responde.

Ao optar por Campos, esta filosofia recusa a ideia de conhecimento como acumulação. Em vez disso, propõe o pensamento como gesto simbólico de reorganização. Um Campo é isso: uma dobra na travessia. Um lugar onde o real se transforma porque foi tocado por uma nova forma de ver.

Esta organização convida o leitor — ou melhor, o caminhante — a escolher o seu próprio percurso. Não há uma ordem obrigatória. Não há um centro. Há ritmos. Há ressonâncias. Há zonas de tensão e de abertura. É uma obra pensada para ser habitada, não consumida. Uma obra onde pensar se torna uma prática viva — uma travessia ética e simbólica do mundo.

Se procuras uma filosofia que não separa razão e corpo, linguagem e gesto, técnica e ética — então começa por onde sentires o chamamento. Porque, aqui, cada Campo é um convite a reorganizar não só o que pensas, mas o próprio modo como pensas.

Não é um livro a ser lido. É um território a ser atravessado.

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