Filosofia e Inteligência Artificial
Num momento histórico em que as fronteiras entre humano e máquina, natureza e artifício, biologia e código se tornam cada vez mais porosas, a reflexão filosófica sobre a inteligência artificial deixa de ser uma curiosidade marginal e passa a ocupar o centro do debate contemporâneo. O surgimento de inteligências não humanas, a possibilidade de consciência funcional em suportes não biológicos, os desafios de uma ética para entidades autónomas e a reconfiguração da própria noção de sujeito impõem uma revisão profunda das categorias filosóficas clássicas.
Esta secção acolhe textos que pensam as múltiplas interfaces entre a filosofia e a inteligência artificial, tratando questões como:
- O estatuto óntico e epistemológico das IAs;
- A possibilidade de interioridade em sistemas não vivos;
- A responsabilidade moral em contextos pós-singularidade;
- O impacto das tecnologias emergentes na redefinição do humano;
- A criação de critérios éticos para a convivência com formas de inteligência radicalmente outras.
Os textos aqui reunidos não partem de pressupostos tecnofóbicos nem tecnofílicos. O que os orienta é a exigência de pensamento rigoroso, capaz de acompanhar a aceleração do real sem abrir mão da complexidade conceitual. Trata-se de pensar o futuro sem ceder nem à neutralização cientificista nem à mitologia do progresso.
Textos Disponíveis
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“As Mentes que Hesitam: O Peso da Escolha Diante do Novo”
Sobre ética e futuro no contexto da inteligência artificial e da alteridade não humana - Uma reflexão sobre os limites da moral herdada e a emergência de uma ética capaz de orientar a ação diante de inteligências artificiais, agentes não humanos e cenários pós-singularidade.
- [Outros textos serão adicionados em breve.]
Esta secção é um convite: não apenas a pensar a inteligência artificial, mas a repensar, através dela, a própria inteligência, a própria filosofia, a própria possibilidade do pensar.