O Símbolo Não É o Real

Crítica epistemológica interna

Definição:

O símbolo é uma forma de inscrição material que representa aquilo que não está presente no imediato. Atua como operador de mediação entre o real e o seu conhecimento, permitindo uma tentativa de captura parcial e operatória da realidade — uma captura sempre incompleta, instável e dependente da organização subjetiva que a realiza.

Função na ECMO:

Na ECMO, o símbolo não revela o real: tenta organizá-lo para torná-lo manipulável, legível e cognitivamente acessível. Não há identidade entre símbolo e realidade: o símbolo não substitui o real, nem o esgota — ele inscreve uma tentativa de aproximação. Ao mesmo tempo que permite operar sobre o mundo, o símbolo carrega a marca do seu limite: o excesso do real sobre qualquer forma de nomeação.

Características distintivas:

Exemplo de uso filosófico:

“O símbolo estabiliza — mas o real continua a vibrar por baixo.”
“Não é porque nomeamos que compreendemos: o nome é uma tentativa, não uma verdade.”
“O símbolo é gesto de inscrição, não captura de essência.”

Implicações Ontológicas e Epistémicas:

Justificação da Inclusão:

Esta entrada corrige uma tendência interna da própria ECMO a privilegiar o simbólico como eixo central de inteligibilidade. Reafirma-se aqui que o centro ontológico é a matéria instável e criadora, e que o símbolo, embora fundamental, é apenas um dos seus dispositivos operatórios — não o seu destino.

Estado da Matéria:

Crítica consolidada — revisão epistémica ativa

Notas de Relação: