Matéria como Agente Experimental

(princípio ontológico-dinâmico)

Definição:

A matéria é um agente experimental ontológico: um campo ativo de reorganização que, através da variação espontânea de configurações, produz formas estáveis com capacidade de persistência. Esta experimentação não é dirigida, mas iterativa e imanente.

Função na ECMO:

Este princípio funda uma visão da realidade como processo contínuo de tentativa material, sem finalidade, plano ou direção exterior. A matéria organiza-se por iteração: certas estruturas (átomos, moléculas, corpos celestes, formas de vida) persistem porque inscrevem-se funcionalmente num regime local de forças. A criatividade do real não é exceção — é operação. Vida, pensamento e técnica não são desvios — são expressões maiores da potência experimental da matéria.

Características distintivas:

Exemplo de uso filosófico:

Nota:

Esta entrada sustenta uma cosmologia radicalmente não-teológica: o universo não se dirige a nada, mas organiza-se pela persistência do que funciona. Não há separação entre o físico e o simbólico — ambos são efeitos de reorganização material. A ECMO afirma aqui que toda criação é interna à matéria, e que a história do cosmos é a história da sua auto-experimentação simbólica.